Novo Testamento Histórico
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Em cartas de apenas três escritores, Clemente, Inácio e Policarpo escritas entre os anos 95 e 110 d.C. são citadas 25 dos 27 livros do NT apenas os pequenos livros de 2 João e Judas não foram mencionados.
Se levarmos em consideração que Clemente vivia em Roma e Policarpo e Inácio estavam em Esmirna a centenas de quilômetros de distancia e que estes homens viveram ainda no I e II século, os documentos que compunham o Novo Testamento precisariam ter sido escritos muito tempo antes para poderem ter circulado por todo o mundo antigo daquela época e serem conhecidos por estes.
Este fato situa os escritos do Novo Testamento exatamente no primeiro século.
O novo testamento era literatura corrente ainda no primeiro seculo depois de Cristo. É possível através de escritos feitos por homens como Justino Mártir, Ireneu, Clemente de Alexandria, Orígenes, Tertuliano e outros reconstruir completamente o novo testamento.
Fizeram tantas citações do NT (36.289 vezes, para ser mais exato) que todos os versículos do NT, com exceção de apenas 11, poderiam ser reconstituídos simplesmente de suas citações.
Através destas citações destes homens do primeiro século e também de inúmeros pergaminhos correntes na época hoje preservados, concluímos sem sombra de duvidas que todos os escritos que falam de Jesus, ou seja, o Novo Testamento foram escritos antes do ano 100 d.C. aproximadamente 70 anos após a morte de Cristo.
Se aplicarmos ao Novo Testamento, como nós devemos, a mesma sorte de critérios que devemos utilizar para outros escritos da antiguidade contendo material histórico, nós não podemos mais rejeitar a existência de Jesus sem o fazer o mesmo com um grande número de personagens pagãos cuja realidade de suas figuras históricas nunca é questionada. Certamente, existem todas aquelas discrepâncias entre um evangelho e outro. Mas nós não negamos que um evento aconteceu apenas porque alguns historiadores pagãos como, por exemplo, Livio e Polibio, o descreveram de maneiras diferentes. Que houve um rápido crescimento de lendas em volta de Jesus não pode ser negado, e isso aconteceu muito rápido. No entanto, também houve um rápido desenvolvimento de lendas em torno de figuras pagãs como Alexandre o Grande, ainda que ninguém o considere completamente mítico ou fictício. No fim das contas, os métodos críticos modernos não dão suporte à teoria do Cristo Mítico. E, de novo, mais uma vez, ela foi "refutada e rejeitada pelos estudiosos de primeira linha". Nos anos recentes "nenhum estudioso sério ousou levantar a tese da não historicidade de Jesus", ou muito pouco o fizeram, e mesmo assim não conseguiram ser bem-sucedidos frente a forte e abundante evidência contrária" (Michael Grant).
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